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Do R7

Não há mais título que o futebol brasileiro não tenha conquistado. Mesmo que não seja o troco corrigido pelo 7 a 1, o Brasil bateu a Alemanha neste sábado (20), nos pênaltis (5 a 4), e conquistou o primeiro ouro olímpico de sua história em pleno Estádio do Maracanã. Não podia ser melhor.

Carregada de expectativa, a decisão começou com as duas equipes trabalhando bastante a bola e tentando encontrar espaços na defesa adversária. Pelo lado do Brasil, o volante Renato Augusto, que fez uma partida excepcional, era o principal articulador das jogadas, além de se mostrar-se também perfeito na marcação.

Mas, a primeira boa chance não foi da seleção brasileira. Brandt recebeu na entrada da área, chutou colocado e acertou o travessão de Weverton para desespero do Maracanã. Eram jogados 10 minutos e aquela seria apenas a primeira de três bolas que o torcedor brasileiro precisaria afastar com os olhos para manter vivo o sonho dourado. Meyer, em cobrança de falta, e Bender, de cabeça, foram os responsáveis pelas outras cenas que aterrorizaram a torcida canarinho. Lembrança do 7 a 1? Nem pensar. A tarde seria de festa no Rio de Janeiro.

Capitão, camisa 10 e líder em campo, Neymar foi o responsável por toda a jogada que abriu o placar. Primeiro disparou pela esquerda, adiantou a bola e só foi parado com falta de Ginter, que chegou atrasado e, como se diz no “futebolês”, ficou no vazio. Na cobrança, Neymar foi espetacular. Colocou a bola no ângulo, sem chance para o goleiro Horn, que voou, mas só para poder ver de perto a bola bater no travessão e entrar para o fundo do gol. 1 a 0 Brasil e “pula, sai do chão quem é pentacampeão”. Festa geral no Maraca!

No segundo tempo, a Alemanha começou disposta a lembrar porque ficarão para sempre marcados na história do futebol brasileiro. Nem bem o árbitro autorizou a bola rolar e veio o gol de empate. Brandt tocou para Toljan na direita. O lateral cruzou à meia altura e achou Meyer, livre no meio da grande área. O camisa 7, que mais levava perigo ao gol de Weverton, finalizou de primeira e balançou a rede. Gol parecido com o de Tony Kroos, de canhota, no fatídico 7 a 1.

Com mais volume de jogo, a seleção tratou logo de esfriar o ânimo alemão. No entanto, quando chegava ao ataque, o Brasil desperdiçava seguidas oportunidades. Uma atrás da outra. Neymar, Gabriel Jesus e Felipe Anderson, que substituiu Gabigol, falharam frente a Horn e o tempo regulamentar, para sufoco da torcida brasileira, terminou empatado.

Dali em diante, só agonia em 30 minutos da prorrogação. Chance de gol, apenas uma, quando Neymar encaixou bela enfiada de bola para Felipe Anderson. O camisa 17 dominou, invadiu a área e tocou na saída de goleiro Horn, que salvou a Alemanha. E o sonho da inédita medalha de ouro seria definido na marca do pênalti.

E coube ao destino deixar que Neymar encerrasse o tabu histórico que perdurava desde os Jogos de Londres, em 2008. Na última cobrança, após Petersen desperdiçar para a Alemanha, o capitão bateu firme, no canto esquerdo do goleiro, e não decepcionou. O ouro, enfim, é do Brasil!

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