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O ator e diretor José Mojica Marins, mais conhecido pelo personagem Zé do Caixão, morreu ontem (quarta-feira, 19) aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia.

O artista plástico e professor Júnior Misaki patoense postou em suas redes sociais um encontro que teve com o ator, quando o entrevistou. Leia abaixo:

“Eu tenho a honra de dizer que conheci este ícone. Em 2012 tive o prazer de entrevistar o Mojica (Zé do Caixão), em um festival de cinema, do interior do Pernambuco. Foi uma das primeiras entrevistas que fiz de um símbolo do cinema de horror, não só nacional, mas mundial. Acredito que fui um dos poucos jornalistas que entrevistou esse cara sem levar uma “patada”, como diziam que ele era acostumado a fazer com os entrevistadores.

Por causa dessa “fama” já comecei a entrevista com medo, gaguejando e errando o roteiro. A sala do hotel estava cheio de produtores de cinema de todo país, que participava do festival, algo que me deixou mais tenso ainda. Conversamos por mais de meia hora, guardo com carinho essas fotos e o seu autógrafo no seu livro biográfico, o Mojica era apaixonado por quadrinhos, que trouxe muito desse universo para as suas inspirações, como o mesmo me confessou.

O Mojica exigiu que ao seu lado tivesse vinho e que belas mulheres ficassem ao seu lado, quando aparecia na varanda do hotel e as pessoas o reconheciam fazendo um sinal com a mão para ele, ali entrava em cena o personagem, que logo dava um grito aterrorizando quem tava ao seu lado. A entrevista está em algum lugar lá do Youtube. Vá em paz, meu caro, muito obrigado por ter feito a diferença nesse plano terreno.”

Morre Zé do Caixão, mestre do terror brasileiro

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

Foto: Júnior Misaki

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