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Nem todos os efeitos da pandemia devem ser nocivos à economia patoense. É que com o cancelamento da tradicional queima de fogos e dos shows na praia de Cabo Branco, em João Pessoa, setores da economia patoense como o comércio e serviços estão confiantes de que muitos pessoas passem o fim de ano por Patos mesmo.

Caso isso se confirme, a tendência é de que os gastos que eventualmente seriam feitos em outros lugares, sejam feitos na própria cidade através da venda de alimentos e bebidas em bares e restaurantes e venda de presentes e decorações festivas para as casas. Já no setor de prestação de serviços, poderá haver aumento na procura por entrega de alimentos via delivery.

De acordo com Everaldo Lima, que é presidente do Sindicato dos Comerciários de Patos e Região (Sintracs), a expectativa é que novas vagas de empregos formais ou temporários sejam abertas nesse período de fim de ano para atender essa demanda.

“Mesmo com o aumento nos casos de Covid em nossa região justamente nesse período, é provável que aja aumento nas vagas temporárias visto que é um período propício, um mês de consumo em que os lojistas vendem bastante. Dezembro trará essas vagas sim, mas com certeza em número reduzido á que esse ano é um ano de incertezas e há esse receio do investimento, mas temos um público consumidor que irá às compras neste fim de ano e que exige um atendimento maior ao público”, ressaltou.

Segundo Everaldo, ainda é cedo para afirmar se a pandemia manterá as pessoas em casa, reunidas em família, mas que isso não deverá atrapalhar o desempenho do comércio e serviços, aja visto os relaxamentos que foram feitos nos decretos municipais de pandemia do novo coronavírus.

“Temos um decreto que limita a prestação dos serviços em sua totalidade pelo comercio à população, mas acredito que adotando-se todos os cuidados e cumprindo o que determina esses decretos, é possível ir às compras, é possível que o comércio venda, é possível que se gere emprego e é possível que se gere renda”, concluiu.

Em dezembro de 2019, a Paraíba registrou a contratação de 3.646 trabalhadores para o setor da prestação de serviços. Mas demitiu 5.852. Uma redução de 1,29%, ou 2.206 cargos. Já no comércio, o clima foi mais otimista. O percentual de geração de novos postos de emprego foi de 0,09%. Muito pequeno, mas animador após mais um ano de crise econômica. Foram gerados 2.804 novos empregos e 2.711demissões no setor.

Um novo empreendimento no setor de franquia nacional de vestuário, moda, cama, mesa e banho está se instalando em Patos com inauguração prevista para o fim desse ano, o que deverá gerar novos postos de trabalho. O Sine de Patos informou que está recebendo currículos para disponibilizar em seu banco de dados para atender as necessidades de empresas interessadas em contratar.

Enquanto isso, o Raniel Freitas de 21 anos segue a espera de uma nova chance de reingressar no mercado de trabalho. Após perder o emprego no início da pandemia em uma farmácia, ele enviou diversos currículos pela internet e agora aguarda uma tão sonhada chance de poder quebrar a quarentena pelo menos para trabalhar.

“Tá tudo muito difícil, por que eu fui demitido em maio e recebi apenas quatro parcelas do seguro desemprego. Em outubro já fiquei sem o dinheiro e continuo sem emprego. Pra piorar, não tive nem como recorrer ao auxílio emergencial que eu poderia inda estar recebendo. Tô de olho se abre alguma vaga de emprego nesse fim de ano. Se é temporária, não importa. Isso vai me dar tempo para aguardar uma outra proposta. Enquanto isso, vou ganhando meu dinheiro”, pontuou.

Portal TV Sol

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