Fernando Collor de Melo é entrevistado no Conversa com o Bial (Imagem: reprodução/vídeo)
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O atual senador por Alagoas e ex-presidente da república, Fernando Collor de Mello (PROS – AL), afirmou que está à disposição do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) para contribuir com sua experiência no que for necessário.

“Eu sou um ex-presidente, e o único que tem assento no Congresso Nacional. Pesam nos meus ombros a responsabilidade de colaborar e a forma que eu tenho de contribuir é com a minha experiência. (…) No momento em que eu sinto que posso dar alguma contribuição, alguma colaboração, eu sendo chamado, estou inteiramente à disposição”, declarou Collor em entrevista a Pedro Bial, durante o Conversa com Bial na madrugada de hoje.

Questionado pelo apresentador sobre quem tomou o primeiro passo na aproximação com o atual governo, Collor confirmou que foi chamado pelo Planalto, mas no sentido de acompanhar o presidente e, nessas oportunidades, conversou com Bolsonaro e explanou sobre sua experiência para tentar ajudá-lo.

Pedro Bial lembrou ao senador que, no início dos anos 90, Bolsonaro foi um dos deputados que votou a favor do processo de impeachment que cassou seus direitos políticos por anos e, em diversas ocasiões, o criticou durante seu mandato. Ao ser questionado sobre quem mudou mais de opinião entre ele e Bolsonaro nesses 30 anos, Collor foi direto: “Ninguém. O mundo passa. E quem não passa, fica.”

Bial comentou ainda as declarações de Collor contrárias ao presidente feitas ano passado e o senador deixou claro que sua preocupação quanto ao presidente era uma questão institucional e a falta de contato de Bolsonaro com a classe política.

“Ele estava negando a política e qualquer tipo de contato com a classe política. E eu dizia: se continuar assim, não termina o mandato, não termina o governo. Eu adicionava: “Eu já vi esse filme, não quero ver de novo, alertando o presidente da república para a necessidade de se aproximar do Congresso”, declarou Collor, que também comentou a respeito de comentários antigos direcionados a forma de falar do presidente.

“Ele pode ser um presidente muito bom, mesmo com esse palavreado. (…) Nos deixa ruborizados, mas é o estilo de cada um.”

Collor falou ainda sobre o temperamento de Bolsonaro. “Todos nós temos essa dificuldade, temos que conter esse temperamento. O meu caso era impetuosidade. (…) Cada presidente tem seu temperamento e o que a gente tem que fazer é se educar”, declarou.

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