O fotógrafo paraibano Aurílio Santos será o o homenageado da primeira Bienal da Fotografia do Sertão (Foto: reprodução)
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A Bienal da Fotografia do Sertão, idealizada pelo realizador do Salão de Artes Visuais de Caicó, Aladim Monteiro, acontecerá pela primeira vez e está com as inscrições abertas até dia 20 de março de 2021 para os fotógrafos que desejarem expor seu trabalho nesta primeira edição do evento, que irá homenagear o fotógrafo Aurílio Santos, artista do município de Brejo do Cruz, no seridó paraibano.

Em formato virtual, a Bienal surge com a proposta de incentivar artistas a criar um espólio fotográfico a respeito do sertão. A programação também contará com lives e oficinas em que os participantes terão a oportunidade de dialogar com artistas, discutindo as técnicas empregadas em processos criativos dos trabalhos selecionados para o festival.

Para o idealizador, um dos objetivos é incentivar e apoiar jovens fotógrafos que fazem seus trabalhos de forma profissional ou não profissional, integrando-os em um evento que lhes traga experiência e reconhecimento artístico. “Pretendemos criar, ao longo dessa e outras Bienais, um espólio onde tenhamos os profissionais fotógrafos abordando trabalhos com um olhar voltado a diversos temas de caráter social, histórico, pictórico e contemporâneo”, destaca Aladim Monteiro.

Aladim Monteiro, idealizador da Bienal. (Foto: Divulgação)

A ideia de empreender com projetos culturais surgiu após Aladim Monteiro cursar o mestrado em Artes Visuais em Lisboa, Portugal, e frequentar diversas mostras, salões e bienais.

O projeto da Bienal foi aprovado no Edital 08/2020 de Fomento à Cultura Potiguar e conta com apoio da Lei Aldir Blanc, Fundação José Augusto, Governo do RN, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. As inscrições são gratuitas e realizadas pelo link www.biolinky.co/bienaldafotografiadosertao, disponibilizado no perfil do Instagram @bienaldafotografiadosertao.

Artista homenageado – fotógrafo Aurílio Santos?
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Natural da cidade de Brejo do Cruz-PB, Aurílio se destacou na região do Seridó nos anos 90 por ser o único fotógrafo da região dedicado exclusivamente à arte de construir imagens a partir do cotidiano. Em uma época de poucas informações, o fotógrafo criava discursos visuais com uma simples câmera Zenit.?
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Aladim Monteiro, produtor da Bienal, comenta que viu o trabalho de Aurílio por volta de 1995, ficando fascinado pelo universo que estava sendo criado, mesmo sem recursos e comunicação. O produtor relembra que Aurílio fora apelidado de “Sebastião Salgado”, por ser o primeiro a criar uma narrativa político-social através de suas imagens. Aladim ressalta que a homenagem ao trabalho do fotógrafo Aurílio Santos é um ato de suma importância para a valorização de uma história que não pode ser esquecida.?

WSCOM

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