Antônio Batista da Silva, o Antônio Tranca Rua, foi (e é) um personagem conhecido em Patos. Tornou-se popular porque tinha língua afiada. Respondia na “bucha” qualquer pergunta, disparando sempre uma frase espirituosa que divertia a todos.
Ele nasceu em Serra Negra do Norte -RN, em 1916, e morreu em setembro de 2002, em Patos.
Foi policial militar e por pouco não participou da Segunda Guerra Mundial. Nos últimos anos de sua vida Antônio morou no abrigo dos velhos, no São Sebastião.
Carrancudo e observador, ele deixou frases engraçadas que ainda hoje são repetidas na cidade. Conheça algumas delas:
Quando saiu da polícia militar perguntaram a Antônio o que era melhor e o que era pior na polícia. Antônio responde: “O melhor é a amizade que a gente faz e o pior é cagar de coturno”.
Uma mulher pergunta a Antônio o que ela deveria fazer para conquistar um homem. Antônio responde: “Não sei, eu nunca conquistei um homem”.
Indagaram a Antônio: “Você acredita em espíritos?”
Antônio respondeu: “Acredito não, eles mentem muito”.
Um interlocutor pergunta: “Antônio, você já foi ao Rio?”
Antônio: “Eu tomava banho lá quando eu era criança”
“Me refiro ao Rio de Janeiro”.
“Ah, O mês eu não lembro!”.
Uma mulher bonita passa na rua e alguém diz: “Antônio, olha que só mulherão”.
E Antônio: “E olha que ela tem muito mais coisas que não tá dando para ver”.
No abrigo dos velhos alguém pergunta a Antônio se ele já tinha visitado um museu.
“Como não? Eu vivo num!”
Um senhor se gabava das suas qualidades como motorista. Dizia ele: “Fui motorista durante quase cinquenta anos”.
Tranca Rua não perdoa: “E depois de tanto tempo praticando, você finalmente aprendeu a dirigir?”
Um ancião se queixava constantemente de dores de cabeça.
Tranca Rua o consola: “Isso é bom. Se você tem dor de cabeça, isso é sinal que você tem cabeça”.
Um velhinho se queixava de constantes dores nos pés
“Visite um pediatra” – Disse Antônio.
“Mas seu Antônio, pediatra não cuida dos pés, cuida de crianças”.
“Engano seu, quem cuida de crianças é babá”.
Folha Patoense