“Era uma paciente com um histórico de dois casos de gravidez bem complicados. O primeiro foi um aborto espontâneo e esse segundo foi evoluindo de forma complicada, ainda mais quando sabemos que o bebê foi diagnosticado com microcefalia. Inclusive ela possuía o diagnóstico de Chikungunya e zika no intercurso da gestação, e que pode ter repassado essa doença para o feto, que também veio a óbito posteriormente. Após o parto ela vinha tendo dores abdominais e não procurou o serviço de saúde. Mais ou menos pelo vigésimo quinto dia do pós parto, ela procurou o serviço do Hospital Regional de Patos. Naquele primeiro momento foi observado que ela tinha uma infecção causada por uma apendicite. Ela na verdade evoluiu com um abcesso perianal, que foi drenado no primeiro momento”, explicou o médico.
Kezzio ainda disse que a pós a drenagem e de todos os devidos cuidados, a paciente voltou a sentir dores abdominais. Numa outra intervenção cirúrgica a paciente apresentou uma fístula reto-vaginal, que não era uma doença simples. A partir daí, ela foi evoluindo para outros casos, mas sempre sendo acompanhada pelo HRP. Ele afirmou que em nenhum momento a paciente foi negligenciada. O médico ainda garantiu que sentou com os familiares e conversou sobre o caso de Cláudia, mas que devido a ser um caso tão avançado, os familiares em pleno estado de preocupação, podem não ter compreendido a real situação dela.
Transferência
Kezzio ainda esclareceu que para transferir um paciente de um hospital para outro, é necessário que o primeiro hospital não tenha condições diagnosticar a doença da paciente, ou não consiga dar segmento ao tratamento. Ai sim, ele assegurou que o primeiro hospital deve estabilizar a paciente e procurar uma vaga em outro hospital adequado.
No caso dela, para transferir tinha que primeiro ser feito um diagnostico para depois tentar a vaga. A partir do momento da segunda cirurgia, a equipe responsável pensou que ela iria apresentar uma melhora significativa devido aos sinais existentes.
Quando houve a necessidade de transferência devido a evolução cirúrgica da paciente, ai ela já tinha adquirido a forma grave da doença que por sinal ocorreu de forma muito rápida, e não pela demora para transferi-la, como contou o médico.
Hélio Barbosa – ametralhadoradanoticia.com.br