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Ilverdânio Morais de Lucena é agente de trânsito na cidade de Patos. Tem 40 anos, é formado em Gestão Pública e pós-graduado em curso presencial em Segurança e Educação de Trânsito. É um dos poucos especialistas em trânsito da região polarizada por Patos.

Em Salvador, com os coordenadores da sua Especialização.

Ele é profissional de trânsito há 12 anos. Participou da criação da Superintendência de Trânsito de Patos (STTRANS), onde foi supervisor e gerente de trânsito em duas ocasiões. “Tenho amor à minha profissão e estou sempre buscando aprender ainda mais. Não vejo o trânsito como um trabalho e sim como uma missão de Deus, e meu intuito é buscar conhecimentos e passar para a sociedade, principalmente na área da prevenção e proteção à vida”, explicou.

Ilverdânio foi vítima de acidente de trânsito aos seis anos de idade. Ficou internado por vários dias num hospital em Campina Grande. “Quase morri num acidente de trânsito, mas Deus me colocou justamente nessa profissão para que eu possa ajudar as pessoas”, diz.

O agente de trânsito diz que um veículo é uma arma e que morrem mais pessoas no trânsito do que nas guerras. “Já perdi amigos no trânsito. É triste. Oriento os pais a conversar com os filhos e que sejam cautelosos ao pensarem em comprar um veículo para eles”, lembra.

Em seu currículo constam 16 cursos básicos de trânsito, quatro seminários nacionais, quatro congressos nacionais e dois congressos mundiais.

Campanha de doação de sangue

Ele também é perito técnico em acidentes de trânsito, investigação e laudo técnico pela FENASDETRAN (Federação Nacional das Associações de DETRAN), e participou de dezenas de campanhas. Uma delas é a de Doação de Sangue, que, sempre que é realizada, melhora o estoque de sangue do Hemonúcleo de Patos. Pelo seu trabalho nessa campanha de doação de sangue Ilverdânio recebeu uma Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Patos.

Em 2015 ele participou ativamente do 9º  Congresso Mundial Trânsito e Vida e 5º Internacional em Salvador, fazendo parte da mesa e colaborando com o debate, junto a grandes autoridades mundiais de trânsito. Nesse congresso especialistas elaboraram projetos e discutiram ideias e leis que depois foram encaminhadas ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e a presidente da República.  Também em 2015 o agente participou do maior evento realizado de trânsito no Brasil, na 2ª Conferência Mundial, em Brasília, com a participação de pessoas de 141 nacionalidades distintas. “Foi um orgulho participar das discussões de trânsito entre tantos conhecedores do assunto. Muito aprendizado e experiência alcançada. Hoje somos uma família mundial e com as redes sociais nós interagimos e fazemos amizades com autoridades de trânsito do mundo todo. Hoje eu tenho amigos até no Japão”,  diz.

Participando de atividade em João Pessoa com autoridades de trânsito, entre elas o Capitão Leonides

Ele também é palestrante e diretor de Esporte, lazer e Relações Sociais Intermunicipal do Sindicato dos Agentes de Trânsito e tem participado de projetos importantes, todos voltados para o trânsito. Em breve estará registrando, junto com outras pessoas que atuam no trânsito, a “Ong Trânsito e Paz Paraíba”, que atuará em projetos sociais nas escolas nas empresas, em Patos e região.

Ilverdânio diz que ainda tem muito a aprender e a colaborar com o trânsito da cidade de Patos. “Em Patos tenho maior orgulho de todas as amizades que fizemos no trânsito. O Capitão Leonides, da CPTran, por exemplo, é um grande amigo e um exemplo a ser seguido”.

Ele diz que a sociedade tem que olhar os profissionais do trânsito como amigos, protetores da população em geral. “Temos a missão de salvar vida. Temos que respeitar a legislação de trânsito, todos de mãos dadas com objetivo de salvar vidas de pedestres e condutores em geral. As pessoas costumam reclamar  quando são autuadas, mas provado está que  as autuações são necessárias para se evitar abusos”, explica. As autuações, segundo ele, fazem com que as pessoas respeitem mais as leis de trânsito.

Por fim  o agente de trânsito deixa um recado: “Nada adianta se a sociedade não se conscientizar e abraçar a causa  com o objetivo de salvar vidas. Se não nos unirmos o que será das  futuras gerações? Tudo o que peço é que todos levem o trânsito a sério. Reflitam sobre isso”, finaliza.

 

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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