Uma confusão foi registrada na terça-feira (31) no campus da UEPB em Guarabira, no Agreste paraibano, após uma professora do curso de Direito impedir que uma estudante, que é policial militar, entrasse fardada e armada na sala de aula para fazer prova. A proibição gerou uma discussão e outros policiais militares, que também estudam na UEPB, tentaram entrar no campus para intervir, mas foram impedidos pelo coordenador do curso.
Em nota, a UEPB informou que não pode se pronunciar sobre o caso pois até a manhã desta quarta-feira (1º) não tinha recebido nenhuma denúncia contra a professora na coordenação de direito, nem na ouvidoria da universidade. Ainda de acordo com a nota, a universitária foi orientada a registrar a reclamação formalmente na coordenação do curso para que a instituição tome uma providência.
A Caixa Beneficente dos Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Bombeiro Militar da Paraíba em solidariedade à policial militar impedida de fazer a prova por estar armada também emitiu uma nota. No texto, o órgão diz que vai buscar todos os meios jurídicos cabíveis contra a professora que impediu o acesso de uma policial militar e estudante de direito à sala de aula porque estava fardada.
Ainda de acordo com a Caixa Beneficente, a atitude da professora gerou “constrangimento não só a pessoa da policial, mas a todos os integrantes da corporação, demonstrando claro preconceito profissional, o que deve ser combatido nos dias atuais”. O órgão informou que vai acionar a universidade judicialmente e enviar um ofício pedindo o afastamento da professora.
Policial tentou prender professor e estudante
A Polícia Militar instaurou um procedimento administrativo para apurar uma tentativa de prisão a uma estudante e ao diretor do Centro de Humanidades (CH) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em Guarabira, o professor Waldeci Ferreira Chagas. Segundo o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Gilberto da Silva, a Corregedoria vai “apurar toda a extensão do episódio narrado”.
A confusão aconteceu na quinta-feira (26), no mesmo campus, durante o 2º Simpósio de Gênero, Sexualidade e Educação no Campus. O professor Waldeci relatou que um policial militar, lotado no 4º BPM, tentou prender em flagrante uma estudante do curso de Letras que estava escrevendo mensagens em uma parede destinada à livre expressão de opinião e manifestação cultural e artística.
O argumento do policial, conforme explicou o professor, foi de que a aluna estava depredando o patrimônio público. Porém, o diretor do CH explicou que aquele espaço havia sido reservado àquele fim em consenso, após reivindicação da comunidade acadêmica.
Por defender a atitude a aluna, o professor também recebeu voz de prisão – sob o argumento de que ele estaria incentivando a depredação do patrimônio público.