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Um comunicado deixou os pacientes da Hemodiálise de Patos apreensivos. É que a partir da próxima sexta-feira eles farão apenas duas horas de diálise, uma vez que o procedimento é realizado em quatro horas.

Segundo a paciente Edivânia Lucena, que faz o tratamento há 23 anos, o comunicado ocorreu devido a falta de repasse por parte do governo do estado à clínica. Ela disse que recebeu a informação de que não há repasse desde o mês de outubro e quem fica prejudicado são os 115 pacientes.

“A gente entrou em desespero porque duas horas de hemodiálise é muito pouco, nós somos pacientes que dialisamos três vezes por semana e quatro horas de hemodiálise. Imagine você fazer 04 horas e de repente você desce para duas, não aguentamos. Então, a gente está fazendo um apelo a todas as pessoas que puderem nos ajudar, que isso não pode continuar”, clamou.

Edivânia ainda culpou a má administração, pois, o “SUS é um dos planos de saúde que mais tem condições, só que a má administração das pessoas faz com que isso aconteça”.

Em contato com o portal patosverdade.com, a paciente frisou que o Nefron de Patos tem capacidade para atender 115 pacientes e que hoje ela fala em nome de todos os pacientes. Ela ainda acrescentou o medo dos pacientes em vir a óbito por não aguentar somente as duas horas de diálise.

“Eu peço até pelo amor de Deus que olhem para cada um que estão aqui, que está necessitando de uma máquina. Que faz hemodiálise e nesse momento precisa de ajuda. Eu estou desesperada só em saber que vou fazer só duas horas”, alertou.

José Ivonaldo Maia falou em nome da esposa que faz o tratamento há 14 anos. Ele disse que a mulher não aguenta ficar sem o procedimento e a redução do tempo irá prejudica-la.

“É muito preocupante porque os pacientes de hemodiálise não podem ficar sem o tratamento, inclusive minha esposa já está em estado muito avançado no tratamento e não aguenta ficar mais sem as 04 horas”, disse.

Ele ainda acrescentou que a informação da redução devido o repasse foi confirmada pelo nefrologista, Dr° Diogo. Ivonaldo que o governador Ricardo Coutinho seja sensível ao problema, pois, caso contrário, muitos pacientes podem morrer.

Tentamos entrar em contato com o diretor Dr° Diogo que não quis atender a imprensa.

 

Acilene candeia – Patos Verdade

 

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