O SINFEMP (Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região) reafirmou que a greve de todos os servidores de Patos, com exceção dos professores, terá início no dia 5 de abril em Patos e que o prefeito não vem falando a verdade no tocante ao atendimento das reivindicações das mais de 60 categorias.
De acordo com a entidade, a pauta de reivindicações entregue a gestão com 10 pontos, não foi atendida. A revisão salarial de 20% devido o congelamento de gratificações e de salários de servidores que ganham acima do mínimo, o gestor alegou a lei de responsabilidade fiscal, mas contrata e comissiona sem concurso público todos os dias, chegando a 900 servidores. A implantação da insalubridade para as auxiliares de serviços e merendeiras, o mesmo afirmou na audiência que vai contratar um perito de sua confiança para fazer outro laudo, além de mencionar que os servidores que já recebem insalubridade poderão ter seus laudos revisados. A isonomia salarial também não foi atendida e a proposta foi retirar de quem ganha um pouco a mais para dividir com quem ganha menos. A implantação das progressões horizontais e verticais a mais de 500 servidores da saúde vem se arrastando desde o início da gestão e sequer nomeou a representação da Prefeitura no Conselho de Acompanhamento do PCCS da saúde. Entrega de EPI a poucas categorias e deixa as demais sem atendimento. Não faz o concurso público e há 15 meses vem dificultando a realização do certame. O incentivo adicional aos agentes de saúde e endemias não foi pago, até o projeto de lei enviado para a Câmara foi retirado de pauta, pois estava eivado de erros e colocando metas impossíveis de serem cumpridas pelas categorias. O pagamento do terceiro ciclo do PMAQ ainda não foi pago, mesmo o município ter recebido as seis parcelas. São pontos principais que não foram atendidos.
Para a presidente do SINFEMP Carminha Soares, a greve é mais do que legal e que o gestor não deve está afirmando que a greve é ilegal, pois sequer teve até o momento parecer jurídico e que qualquer decisão será levada para a assembleia dos servidores. “A decisão pela deliberação da greve ocorreu dia 20 de março e vamos iniciar a greve dia 5 de abril, logo após a semana santa”, disse a mesma.
O vice-presidente do SINFEMP e presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba) José Gonçalves, lamentou a postura do prefeito de Patos, que, segundo ele, ao invés de sentar com a entidade e a representação dos servidores para atender as reivindicações, fica falando em ilegalidade da greve, quando na verdade a ilegalidade é da Prefeitura que quer matar os servidores de fome com salários e gratificações congeladas e ainda ameaçando retirar direitos conquistados com muita luta, paralisações, greves e até com ações na justiça.
Para o sindicalista, os servidores estão conscientes e que a entidade vai estruturar um cronograma de 30% para funcionamento dos serviços essências no município para não prejudicar a população. “Estamos conscientes de nossa missão e a única ferramenta para um prefeito que não quer atender em nada as reivindicações dos servidores é a greve e por isso vamos fazer a partir do dia 5 de abril em Patos”, disse o sindicalista.
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