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Os irmãos Antônio Olodino, José e Valdemiro, além do amigo Evaldo, residem na Rua Euclides Franco, Bairro Sete Casas, em Patos. Os homens, alguns já idosos, convivem em um casebre insalubre, com infraestrutura extremamente precária, em meio a objetos imprestáveis, muita sujeira e vários gatos.

Há três meses, os irmãos perderam a irmã que também residia no mesmo local. A senhora Josefa Júlia era bastante conhecida na cidade de Patos, pois pedia esmolas pelas ruas. Era comum encontrar Josefa com as pernas inchadas e feridas pedindo ajuda na calçada da Coletoria Estadual, na Rua Pedro Firmino, Centro. Josefa era aposentada, no entanto, a renda mal dava para os remédios e o sustento do casebre.

Antônio Olodino, o mais lúcido entre os irmãos, disse que a família é natural de Caruaru, Pernambuco. Antônio conta que eles vieram a pé com a mãe para Patos há muitos anos. Ele disse que a viagem foi um sacrifício e durou vários dias até chegarem a Patos e construírem uma casa de taipas onde hoje residem. Um programa do Governo Federal transformou a antiga casa de taipas em alvenaria.

A reportagem do portal patosonline foi até à residência humilde a pedido da comerciária Cerisneide da Silva, que conheceu os irmãos no Mercado Público. Ceris, como é mais conhecida, disse que acompanha o caso com bastante remorso, pois os irmãos passam necessidades extremas e dois deles não tem documentação alguma e são indigentes. “…eu fiquei por dentro da história. Tem um que vive com um saco nas costas pedindo esmolas. Algumas pessoas o julgam pensando que ele tem casas, mas não é verdade! Eles vivem numa miséria total. A única renda que eles tinham era da irmã e ela faleceu…, relatou Ceris. A comerciária suspeita que um dos homens está com um grave problema de próstata.

Levamos o caso ao conhecimento de Michele Oliveira, coordenadora do Programa Bolsa Família, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano, órgão da Prefeitura de Patos. Michele ficou sensibilizada e disse que vai acionar os setores que podem contribuir para ajudar na solução do problema. Ela disse que pode ver como resgatar os documentos na cidade de Caruaru para começar a lutar pelos direitos dos idosos que estão na casa. A coordenadora também garantiu uma visita ao casebre para acompanhar os primeiros passos.

Jozivan Antero – patosonline

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