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Na tarde desta quarta-feira, dia 20, alguns funcionários foram comunicados de que os insumos para atividades básicas necessárias ao funcionamento pleno da Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, estariam no fim e que na sexta-feira (22) se esgotariam por completo.

A situação começa a ficar crítica e gestantes de cidades vizinhas estão sendo dispensadas e indicadas para procurarem outros locais para atendimento para evitar número maior de atendimentos. Como a Maternidade em Patos é referência para grande parte do sertão, a tendência é aparecerem os primeiros problemas com vidas em risco.

A revolta de muitos funcionários na Maternidade Dr. Peregrino Filho é visível, mas ficam em silêncio devido ao receio de perseguições e de demissão aos que ousam reclamar ou tornar pública a situação de desestimulo, pois, além da carência de material para trabalhar adequadamente, o atraso nos salários é outra realidade dura.

Também no Complexo Hospitalar Regional, outro órgão de saúde do Estado da Paraíba e que é administrado pelo Instituto Gerir, a situação é semelhante e os funcionários, de acordo com informações, estão sem salários. Os trabalhadores estão se sentindo abandonados pelos órgãos de fiscalização das leis, tais como Ministério Público Estadual (MPE) e até do Ministério Público do Trabalho (MPT). Vários políticos têm se calado diante do início de caos.

Um funcionário da Maternidade Dr. Peregrino Filho enviou um desabafo sobre a situação: “Novamente estamos com salários atrasados, um verdadeiro descaso conosco… ninguém dá nenhuma satisfação sobre isso, não se fala se a empresa GERIR fica no comando da maternidade ou sai ….sabemos pela imprensa que hoje haverá licitações para substituir a Cruz Vermelha e o IPSEP, mas não se fala da substituição da Gerir que também apresenta bastante irregularidades…mês passado Dr. Geraldo compareceu a maternidade e em uma reunião disse que seria aberta uma conta pelo estado para que fosse efetuado o nosso pagamento…chamando essa conta de CONTA INDENIZATÓRIA… Eis a questão…se existe essa conta que foi aberta para efetuar o pagamento dos salários, porque insistem em dizer que o repasse do estado para a Gerir ainda não foi feito, já que todas as contas desta empresa encontram-se bloqueadas?

Porque não falam o real motivo do que está acontecendo, nos deixam a ver navios sem nenhuma resposta e nem direito a pergunta, pois se alguém perguntar corre o risco de ser demitido…tem que andar com o sorriso no rosto fingindo para os pacientes que está tudo bem, que estamos todos trabalhando felizes da vida …”

Na tarde desta quarta-feira, a reportagem do patosonline  fez contato com a assessoria de comunicação do Instituto Gerir para colher informações sobre regularização dos salários, no entanto, até a manhã desta quinta-feira, dia 21, as respostas não foram dadas.

Acréscimo da Folha Patoense: Há uma informação de que o CRM-PB está na Maternidade de Patos na manhã desta quinta (21) e existe até a possibilidade de interdição.

Jozivan Antero – patosonline

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