Duas vítimas da explosão em apartamento de Curitiba continuam em estado grave, conforme informou o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie na manhã deste domingo (30). Elas estão internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital.
Um menino de 11 anos, que estava no apartamento, foi arremessado do 6º andar do prédio e não resistiu aos ferimentos. Matheus Lamb será sepultado neste domingo, na capital paranaense.
O garoto chegou a ser reanimado após sofrer uma cardiorrespiratória e passava pela 2º cirurgia, mas morreu no Hospital do Trabalhador na tarde de sábado (29). Ele teve múltiplos traumas.
A explosão aconteceu por volta das 9h30 de sábado. O apartamento em que houve a explosão seguida de incêndio fica no 6º e último andar do prédio, localizado na Rua Dom Pedro I, no bairro Água Verde. As paredes do apartamento desabaram, e as chamas tomaram conta dos cômodos.
No momento do ocorrido, era feita a impermeabilização de um sofá dentro do imóvel.
As vítimas são:
Raquel Lamb, de 23 anos – irmã do menino que morreu e esposa de Gabriel
Gabriel Araújo, de 27 anos – marido de Raquel e cunhado do garoto morto
Caio Santos, de 30 anos – técnico que prestava o serviço de impermeabilização do sofá
O casal Raquel e Gabriel mora no imóvel. Eles casaram em fevereiro deste ano. O menino Matheus dormia no apartamento da irmã, em outro cômodo, quando houve a explosão.
De acordo com o hospital, Raquel teve 80% do corpo queimado e está internada na UTI. Caio também está na UTI e teve queimaduras por 35% do corpo.
Gabriel está em um quarto do hospital, com 30% do corpo queimado. O estado de saúde dele é o único considerado estável. Gabriel deu uma entrevista à RPC no sábado e falou sobre o que aconteceu.
“Não vi nada, é como se eu tivesse fechado os olhos. Uma hora eu estava olhando, e quando eu abri os olhos de novo, estava no chão, com uma dor insuportável (…) Depois que eu consegui retomar um pouco os sentidos eu vi que o sofá estava inteiro em chamas”, disse.
O major do Corpo de Bombeiros Fernando Machado explicou que, quando há um acúmulo de gás em ambiente fechado, o equipamento de impermeabilização de estofados, que era usado pelo técnico, pode gerar uma explosão.
Segundo o major, não foi constatado vazamento de gás, nem no apartamento, nem no prédio. Veja fotos e reportagem completa no G1.
Prédio interditado
A Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, interditou o edifício temporariamente. Os pertences de todos os moradores precisaram ser retirados do prédio, com o apoio do Corpo de Bombeiros.
O edifício tem 24 apartamentos, e cerca de 50 pessoas moram ali. Uma equipe da Guarda Municipal está posicionada em frente ao prédio, para impedir a entrada no local.
A Secretaria Municipal da Defesa Social informou, neste domingo, que o edifício será liberado somente depois que laudo de análise estrutural, que deve ser apresentado pelo condomínio, seja analisado pela Cosedi.