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O Diretório Municipal da Unidade Popular (UP), em Patos, dialoga novamente com os patoenses, por meio de nota pública, em função da renúncia de mais um prefeito.

A maneira como age a oligarquia política instalada no poder, há décadas, impõe ao povo uma vida sem dignidade e empurra nossa cidade para o atraso econômico. Patos é hoje uma cidade desindustrializada, com infraestrutura precária, serviços públicos paralisados, folha de pessoal do município inchada, alto número de desempregados, miséria completa em diversos bairros, entre outros problemas.

Dois grupos têm se revezado no poder. Estes grupos contam com o apoio de vários agentes políticos, incluindo os vereadores, que, em sua maioria, independentemente de quem ocupa a Prefeitura, estão sempre na base de sustentação do prefeito de plantão.

A grande questão é que essa estrutura político-governamental instalada na cidade tem custado muito caro aos patoenses. Os que compõem a base de apoio aos governos agem como meros coadjuvantes, deixando todo o poder de decisão nas mãos dos detentores da caneta, em troca de recompensas de diversas ordens.

Os últimos prefeitos eleitos por voto direto foram afastados por ordens judiciais. Francisca Mota (PMDB, à época), por denúncias de irregularidade em licitações e contratos públicos; Dinaldinho Filho (PSDB), por fraudes em contratos de iluminação pública e outros casos de improbidade.

A situação foi agravada pelas sucessivas renúncias dos prefeitos interinos, causando ainda mais instabilidade política e administrativa, que prejudica a todos, principalmente os mais pobres, que dependem diretamente de ações do poder público. Bonifácio Rocha e Sales Junior renunciaram alegando, basicamente, a mesma coisa: que não conseguiam governar devido a pressões políticas, jogo de poder, interesses externos.

Ora, a que brigas se referiram os ex-prefeitos interinos? Que relação existe entre a Câmara Municipal e a Prefeitura para causar tanta instabilidade ao ponto de fazer renunciarem dois prefeitos?

A Unidade Popular entende que houve omissão política por parte dos gestores que deixaram de abrir a “caixa preta” da Prefeitura com relação às gestões anteriores e que levaram Patos ao caos atual. Mas merece também destaque o desastroso papel desempenhado pelos vereadores, que não trabalham em prol dos patoenses, mas sim em benefício próprio.

É urgente o engajamento político da população para dar um basta a esse cenário caótico produzido pelos caciques da política local e pelos que estão a serviço deles. O recém-empossado prefeito interino, Dr. Ivanes, tem estreitas ligações com a oligarquia local. Os patoenses poderão comprovar, na prática,  de que lado ele está.

É preciso ocupar os espaços democráticos (intervenções nas rádios, nas sessões da Câmara de Vereadores, organizar manifestações públicas) e principalmente buscar a organização coletiva, criando uma verdadeira alternativa política para Patos e fazendo valer a democracia na prática.

Patos-PB, 27 de agosto de 2019

DIRETÓRIO MUNICIPAL DA UNIDADE POPULAR – UP

 

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