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Por volta das 21h30min de ontem (sexta, 18), o secretário de Saúde de Matureia, Bruno Wanderley, que é enfermeiro, recebeu uma ligação em que seu interlocutor dizia que a gestante Raquel Lima Ayres, de 33 anos, estava entrando em trabalho de parto e que a bolsa dela já tinha se rompido e o cordão umbilical já havia saído em torno de 40 cm (prolapso de cordão). “Como eu sabia que se tratava de uma gestante de gêmeos, pré-natal de alto risco, que teve hipertensão na gravidez, logo de imediato pedi para o motorista passar com ela na unidade de saúde, que é aberta até às 22 horas. No entanto, o médico já havia indo embora. Esperei a mãe na unidade e já fui mandando os técnicos prepararem material porque ela estava entrando em trabalho de parto e podia, quando ela chegasse, já está nascendo ou já ter nascido. A ambulância passou pela unidade, ligamos para o Samu contando o caso. Como ela não tinha contrações e não sentia dores, a mantivemos na ambulância e o médico regulador do SAMU disse para a gente ir para Teixeira se encontrar com a ambulância de lá. Fomos até Teixeira na ambulância do município, passamos para a ambulância do SAMU, que desceu para Patos e ela ganhou os bebês. Fez uma cesárea e, o mais importante da história, como era uma gravidez de alto risco, ela só estava com 29 a 30 semanas, quer dizer, são bebês prematuros, mas graças a Deus deu tudo certo e todos estão bem”, disse o secretário.

Bruno, por coincidência, faz pós-graduação em ginecologia e obstetrícia, saúde da mulher, área que tem tudo a ver com o ocorrido de ontem. “Fora esse início de trabalho de parto que eu acompanhei, não cheguei a fazer o parto, mas eu já fiz seis partos domiciliares, aqueles que quando a gente liga a mãe já está entrando em trabalho de parto e não dá tempo nem de entrar dentro da ambulância e a gente tem que auxiliar no nascimento. Na verdade quando a gente fala de parto normal, a gente não faz o parto normal, a gente auxilia, porque quem faz, quem tem é a mulher. O parto por si já diz: parto normal. Quando é um cesáreo é feito pelo profissional. Enquanto estou como secretário já são sete com esse, a qual eu auxilio para nascimento, no caso são seis efetivos nascidos e esse que eu encaminhei“, explicou.

Por fim, Bruno comenta sobre a situação no momento da mãe e filhos. “As crianças, duas meninas, estão na UTI da Maternidade de Patos, mas estão. A mãe também está bem. Um dos recém-nascidos estava em estado grave e um médico da unidade conseguiu o milagre de ‘ressuscitá-lo’. Estamos em oração para que tudo termine bem para todos“.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

 

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