O músico patoense Luis Alves de Oliveira, mais conhecido como Derréis, completou 81 anos de idade no dia 05 de junho. Nasceu no distante ano de 1939.
Derreis disse que, nesse período de isolamento por conta do coronavírus, está se sentindo isolado e abandonado e, chorando, disse que o dinheiro da aposentadoria só dá para pagar o aluguel da casinha onde mora e os muitos remédios que toma.
Segundo os familiares, para preservá-lo, as pessoas não se aproximam dele, uma vez que, idoso, ele está no grupo de risco, mas ele não entende isso e se sente abandonado.
O músico mora sozinho, mas um dos seus irmãos mora perto dele com a esposa. “Minha esposa leva as refeições dele todo dia. Derreis se sente só porque gosta de sair, mas como não está podendo, está se sentindo abandonado. Todos da família enfrentam dificuldades e ajudam como pode”, disse o irmão de Derreis.
Derreis disse que o problema é que seu dinheiro nunca dá para outra coisa que não seja o aluguel e os remédios: “Quando pago o aluguel e compro meus remédios não me sobra mais nada. Eu preciso de ajuda para ver se algum dinheiro sobra para eu comprar outras coisas que preciso”, diz o músico.
O isolamento o tem deixado ansioso. Acostumado a andar, ficar parado agora tem sido difícil pra ele. Por conta disso, ele, que não pode fumar por recomendação médica, tem fumado muito, gerando mais problemas para a sua saúde. Está ainda mais magro do que já era.
Derréis foi engraxate por muitos anos em Patos, tornando-se uma figura popular na cidade. Pandeirista, fã de Jackson do Pandeiro, o músico nunca encontrou os meios de viver da música, embora tivesse realizado o sonho de gravar um CD em 2007, apoiado pelo empresário Pierre Landolt.
Sua música mais conhecida é “Na tampa da lata”, que ficou folclórica em Patos. A canção diz: “Eu fiz o meu samba na tampa da lata, na tampa da lata eu fiz o meu samba”. A música tem uma história: O Palhaço Belezinha tinha um programa na NETV-PE e, estando em Patos certa vez, convidou Derreis para se apresentar em seu programa. O músico patoense ralou para conseguir os recursos para ir a Recife para a apresentação, mas ao chegar na capital pernambucana, segundo ele, cobraram dinheiro para que ele se apresentasse. Derreis não tinha ninguém para pagar e não se apresentou, ficou revoltado, e fez a música em protesto. Na letra ele diz que o palhaço “não tem consciência, não tem coração”. Ouça o CD completo de Derreis aqui.
Ajuda
Derreis não usa telefone celular, seu irmão também não. Quem quiser ajudá-lo é só procurar seus familiares (irmão cunhada e sobrinhos) no setor onde ele. O aduado é evitar contato físico, uma vez que ele está no grupo de risco.
O músico mora no Conjunto Manoel Nascimento, mais conhecido em Patos como “Cabeça do Porco”, perto do depósito dos Correios e da empresa Nordil.
A sobrinha dele, Katiusa, que o ajuda como pode e mora perto dele, está disponibilizando o número de uma conta para quem puder ajudá-lo.
Caixa Econômica Federal:
Agência: 0043
Operação: 013
Conta: 00155462-6
Titular: Katiusa Garcia S. Vieira
Contato: (83) 9.9853-8587
Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com