Bolsonaro votando no primeiro turno
Compartilhe!

O corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Felipe Salomão, deu hoje prazo de 15 dias para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) explicar declarações sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Foi instaurado ainda procedimento administrativo para apurar a existência ou não de elementos concretos que possam ter comprometido os pleitos de 2018 e 2022.

Bolsonaro, políticos aliados e apoiadores têm lançado o discurso de desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas. Eles defendem a adoção do voto impresso —um comprovante impresso da votação na urna eletrônica— e afirmam que, sem a mudança, a eleição de 2022 não será confiável.

Reportagem publicada este mês pelo UOL mostrou, no entanto, que não há nenhum indício de fraude nas eleições brasileiras desde que urnas eletrônicas foram adotadas, em 1996. Uma auditoria feita pelo próprio PSDB não encontrou fraudes em 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio no segundo turno.

Barroso desafia Bolsonaro

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou em maio que a narrativa criada por bolsonaristas trata-se, na verdade, de “um discurso político”. Na semana passada, Barroso foi além e disse que, diante das acusações sobre supostas fraudes eleitorais, Bolsonaro tem “dever cívico” de apresentar provas.

“Nunca houve fraude documentada. Jamais. Apenas o pedido de auditoria solicitado pelo então candidato Aécio Neves e que não se apurou impropriedade porque não há. Se o presidente da República ou qualquer pessoa tiver provas [sobre fraude] tem o dever cívico de entregá-la ao Tribunal e estou com as portas abertas. O resto é retórica política, são palavras que o vento leva”, contestou Luís Roberto Barroso.

Para Barroso, o voto impresso irá criar um risco que não existe ao sistema eleitoral brasileiro.

UOL

Deixe seu comentário