Em relatório enviado ao MPF revelado nesta quinta-feira (23), a PF disse que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro (foto) e os pastores lobistas Arilton Moura (foto) e Gilmar Santos agiam como uma “organização criminosa” no suposto esquema de tráfico de influência na pasta.
“Aproveito o ensejo para adicionar à capitulação o crime de Organização Criminosa, Lei 12.850/13, pois é factível que os investigados [Ribeiro, Moura e Santos] estavam estruturalmente organizados e cada um atuando com divisão de tarefa”, relatou a PF.
A PF cumpriu mandado de prisão contra o trio na quarta-feira (22), mas foram liberados hoje como determinado em decisão do desembargador Ney Bello, do TRF1.
Em parecer enviado à Justiça Federal, o MPF afirmou que o suposto esquema de tráfico de influência contava com o “respaldo” de Ribeiro e defendeu a prisão do ex-ministro e dos pastores lobistas.
“Como bem apontado pela Autoridade Policial, tratam-se de pessoas influentes, com vasto conhecimento no âmbito político, que podem vir a usar seus conhecimentos para atrapalhar as investigações”, diz a procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira, que assina o parecer.
O indício que teria determinado a ordem de prisão contra o ex-ministro e os pastores na quarta-feira, segundo revelou o site Metrópoles, seria um documento da CGU apontando uma transferência de 60 mil reais envolvendo a esposa de Ribeiro e uma filha de Moura.