Entre 29 de abril e 05 de maio, eventos extremos do clima, precipitações pluviométricas de 200 mm, 300 mm, 400 mm e até 500 mm numa única noite foram observadas em várias localidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
As causas desses tempestades com grande poder de destruição foram, de acordo com a análise do Físico, meteorologista, mestre em Meteorologia, doutor em Física e consultor meteorológico do agronegócio Rodrigo Cézar:
1) A oscilação antártica negativa, fenômeno que favorece a atuação de frentes frias na Região Sul;
2) A frente fria muito intensa;
3) A combinação do El Niño com o aquecimento global: algo que motivou a formação de uma massa de ar quente e seca sobre o Brasil central, fato que prendeu a frente fria durante dias seguidos sobre a Região Sul, impedindo que a mesma se deslocasse para o Oceano Atlântico Sul;
4) A transição rápida de El Niño para La Niña: sempre que ocorre a rápida transição de um fenômeno para o outro, ocorrem eventos extremos do clima em algumas parte do mundo, incluindo áreas do Brasil.
Físico e meteorologista Rodrigo Cézar