O resultado preliminar da análise de objeto do Prêmio Hip Hop Paraíba, premiação organizada pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba, foi publicado na tarde desta sexta-feira (2). O prêmio vai repassar até R$ 1 milhão da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura para representantes do segmento que tenham relevância e que moram atualmente no estado.
Puderam se inscrever agentes individuais e coletivos com atuação na área de hip hop há pelo menos dois anos na Paraíba, em atividades como DJ, MC, artista de graffiti, artista de danças urbanas, agente de conhecimento e mestre e mestra de hip hop. Todos aqueles que foram considerados habilitados na etapa anterior tiveram seus perfis avaliados e receberam notas de 0 a 10.
Para a nota, inclusive, foram consideradas questões como tempo de atuação no segmento, moradia em favela ou comunidade periférica, participação em ações de fomento do hip hop, participação em projetos, apresentações fora do estado e reconhecimento do próprio segmento sobre sua relevância.
De acordo com o edital, são dois os perfis a serem premiados. Cada pessoa selecionada vai receber premiação no valor de R$ 5 mil e cada coletivo vai receber premiação de R$ 10 mil. O edital foi pensado para reconhecer a contribuição cultural de agentes e grupos do segmento hip hop na Paraíba.
A avaliação de cada uma das propostas foi realizada por uma comissão externa de avaliadores, formada por Jessé Batista Júnior, Juliano Eliseu da Silva, Fabiana Balduína, Luis Eduardo Bruzava, todos ligados ao hip hop, mas de fora da Paraíba. A medida foi tomada como forma de garantir a lisura e a transparência da avaliação e ao mesmo tempo evitar suspeição sobre o processo. Quem discordar da nota recebida pode recorrer entre os dias 2 e 7 de agosto. Todos os recursos serão analisados e o resultado final será publicado em 16 de agosto.
Confira o perfil dos avaliadores
Jessé Batista Junior
Professor, b-boy e artista do hip-hop. Mestrando em Antropologia Social pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas, trabalha como artista, b-boy e dançarino desde 2008. Faz parte da QuilomBrothers Crew, participou de festivais e eventos do segmento por várias regiões do país, além de ter desenvolvido processos criativos e artísticos solo desde 2014.
Juliano Eliseu da Silva
Com o nome artístico de Chapola DJ, ele é b-boy e produtor cultural. É também pedagogo, educador social e estudante de Serviço Social. Iniciou na cultura hip hop em 2007 com o breaking e é integrante e fundador da crew de Breaking Underground Funkers, em 2012. Fundou e coordenou a União de Dançarinos do Espírito Santo. Já produziu beats para breaking e rap e atualmente é dj do Projeto Kombinação.
Fabiana Balduína
FaB*Girl é dançarina autodidata, coreógrafa e pesquisadora de breaking desde 2001. Representou o Brasil em mundiais de breaking na Alemanha 2008/2010 e foi a primeira b-girl sul-americana a ser jurada no Red Bull BC One World Final, em Nova Iorque/2022. Fundadora do Brasil Style Bgirls e do festival Batom Battle/2011. Ela também criou a escola híbrida de dança Breaking, Drop Education/2020. Fabiana se dedica a produções culturais, capacitação em gestão cultural, elaboração de projetos e pesquisas em Economia Criativa e Danças Urbanas.
Luiz Eduardo Bruzaca
Edi Bruzaca é natural de São Luís, no Maranhão. Grafiteiro, artista visual, graduado em licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Maranhão. Participou de inúmeros eventos de artes visuais, como Sesc Confluência etapa, Festival Kebrada de Hip Hop, Sesc ConVida, Residência Artística Pemba, Exposição dos Brasis, entre outros. Foi curador do Festival Kebrada Hip Hop e foi produtor cultural em eventos como Encontro de Graffiti Beco do Abraão, Encontro Nacional de Graffiti Riscos e Rabiscos, Mural Riscos e Rabisco e Exposição Cores Urbanas.
Secom-PB