Fotos: reprodução
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O júri popular condenou Francisco Dunga de Sousa a 26 anos e 7 meses de prisão por matar a ex-namorada Raissa Raiara, de 30 anos, enquanto ela trabalhava como frentista em um posto de gasolina em Bonito de Santa Fé, no dia 2 de março de 2024. O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (12) no Fórum de São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que Francisco Dunga de Sousa, ex-namorado da vítima, chegou ao local em uma motocicleta. Ele desce do veículo, saca uma arma que guardava dentro de uma sacola plástica, e dá um tiro à queima-roupa na cabeça da vítima. A mulher teve morte imediata, o homem fugiu em seguida.

O acusado se entregou à polícia no dia 5 de março de 2024 e está preso desde então.

Acusado era controlador

Raissa Raiara e Francisco Dunga tinham namorado e chegaram a morar juntos em João Pessoa. Cerca de três meses atrás, ela pôs fim ao relacionamento e se mudou para Bonito de Santa Fé, justamente para se afastar do ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento.

Áudios enviados pela frentista Raissa Raiara a uma amiga, por aplicativo de bate-papo, mostram a preocupação que a mulher tinha com o ex-namorado, Francisco Dunga Sousa, após o término do namoro de ambos.

Na conversa, a vítima descreve o ex-namorado como um homem controlador, que a proibia de ter vida social, de ter amigos, até mesmo de trabalhar.

“Ele queria que eu vivesse só para ele. Eu não podia ter amizade com ninguém, eu não podia conversar com ninguém, eu não podia ir na academia, eu só podia ir na padaria sozinha, não podia ir para outro lugar. Sei lá, não podia fazer nada na minha vida, não podia arrumar um trabalho, tinha que ir trabalhar lá com ele e… meu Deus, eu estava… sabe… eu estava para enlouquecer já”, desabafa ela na mensagem.

Desde os inícios das investigações, a Polícia Civil da Paraíba já apontava Francisco Dunga como o autor dos disparos, mas ele seguia foragido. O suspeito acabou se entregando e em seguida foi levado para Cajazeiras para passar por audiência de custódia.

O suspeito de ter executado a ex-namorada, Raíssa Raiara, permaneceu em silêncio durante o primeiro depoimento ao qual foi submetido logo após ser preso na tarde do dia 5 de março.

G1 PB

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