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Referência no tratamento Cardíaco e Neurológico, o serviço de Hemodinâmica do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade da rede estadual gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) em Santa Rita, na Grande João Pessoa, realizou, nessa segunda-feira (11), um procedimento inédito de angioplastia com aterectomia rotacional usado para tratar obstruções calcificadas.

Os cardiologistas hemodinamicistas responsáveis pelo procedimento foram Thiago Lisboa e Glauco Gusmão. Segundo Thiago Lisboa o paciente, de 73 anos, da cidade de Borborema, tinha lesões graves em artérias do coração, em que inicialmente era um caso para ser submetido a cirurgia de revascularização miocárdica. Porém, pelo seu status clínico, por ser mais idoso e frágil, a equipe de cardiologia do hospital decidiu não indicar a cirurgia cardíaca e ver a possibilidade de angioplastia.

“Como as artérias desse paciente eram bastante calcificadas, impossibilitando o tratamento com a angioplastia convencional [apenas com balão e stent], solicitamos a realização da aterectomia rotacional, que chamamos de rotablator, que é um dispositivo que modifica essa placa calcificada, tornando ela possível de ser implantado o stent. Então, é uma angioplastia bastante complexa que graças a disponibilidade e compromisso da PB Saúde foi possível realizar esse procedimento aqui no hospital de alta complexidade cardiológica como é o Hospital Metropolitano”, informou o hemodinamicista.

Já Glauco Gusmão explicou que a técnica rotablator utiliza uma oliva revestida por partículas de diamante que, girando a alta velocidade, pulveriza parte da placa aterosclerótica, deixando uma superfície lisa, já que as placas de cálcio são placas duras, que resistem a dilatação com balão e dificultam a expansão adequada dos stents.

De acordo com a coordenadora da Hemodinâmica, Mayara Lino, a angioplastia com aterectomia rotacional é um procedimento que não está incluso no rol de procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, graças ao empenho do Governo do Estado juntamente com a PB Saúde, foi autorizada a realização de forma gratuita, em que se o paciente precisasse custear, gastaria cerca de R$ 40 mil.

O diretor técnico do hospital, Matheus Agra, ressaltou que a utilização do dispositivo rotablator para a desobstrução de artérias coronárias calcificadas, representa não apenas uma conquista técnica, mas também um marco para o hospital por ser inédito na unidade.

“Conseguimos oferecer aos nossos pacientes uma alternativa terapêutica de alto nível, que pode melhorar significativamente o prognóstico de condições cardiovasculares complexas. Por isso, a importância de continuarmos investindo em tecnologias e capacitação de nossa equipe para oferecer aos nossos pacientes o melhor atendimento possível”, destacou o diretor.

A diretora-geral do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, destacou a importância de oferecer um tratamento diferenciado que respeite as particularidades de cada paciente. Na manhã desta terça-feira (12), após a visita da equipe médica, a gestora confirmou que o paciente já recebeu alta e deverá retornar para casa ainda hoje.

“Em menos de 24 horas após o procedimento, o paciente já poderá voltar para casa. Esse caso exemplifica o compromisso da nossa equipe com a qualidade e a humanização no atendimento, proporcionando um cuidado ajustado às necessidades de um paciente idoso, para quem alternativas mais invasivas não eram recomendadas. Essa abordagem, que alia dedicação e expertise de uma equipe multiprofissional, reforça nosso compromisso em oferecer à população paraibana tratamentos avançados e, acima de tudo, personalizados”, relatou Nathalie.

Secom-PB

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