Lesão causada pela Hanseníase — Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Piracicaba
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A Paraíba apresentou uma redução de novos casos de hanseníase em 2024. De acordo com a Secretaria de Saúde, os registros saíram de 463 no ano anterior, para 416. Embora o número de novos casos tenha diminuído em relação a 2023, 64 municípios coincidem nos registros de ambos os anos. O boletim constata que a Paraíba apresenta uma carga alta da doença.

As principais medidas no combate à doença são: o diagnóstico precoce, o tratamento regular e a avaliação dos contatos.das pessoas infectadas.

“A gente tem que quebrar o que a gente chama de cadeia de transmissão. Fazer o diagnóstico dos pacientes e tratar. Principalmente os multibacilados, que são os pacientes infectantes. Se você faz o diagnóstico, você trata e você está impedindo que essa doença continue infectando outras pessoas”, afirmou a dermatologista Luciene Carvalho.

A hanseníase tem um tempo de incubação longo, de dois a sete anos. Por isso, é importante que as pessoas em contato com infectados sejam examinadas. Na Paraíba, em 2024, 75% dos 952 contatos de casos novos de hanseníase foram examinados. A recomendação é realizar a avaliação dos contatos uma vez ao ano por pelo menos cinco anos.

Uma outra face do diagnóstico precoce é a prevenção da incapacidade física, que é uma escala que classifica os tipos e graus de prejuízo no desempenho ocupacional.

A médica relata que, ao examinar o paciente e observar que ele apresenta algum grau de incapacidade física, já é uma indicação de que o diagnóstico foi tardio e que o paciente já convive com a doença há muito tempo. O grau zero dessa escala corresponde ao paciente que, embora tenha a hanseníase, não apresenta sinais de incapacidade. O grau um é caracterizado por alterações na sensibilidade protetora ou na força muscular, enquanto o grau dois envolve deformidades visíveis, como cegueira, atrofia muscular ou ‘garra’.

O boletim epidemiológico da SES revela que 321 dos 416 novos casos, apresentaram essas sequelas. Dos outros casos, 45 foram informados como “não avaliados” e 50 permanecem sem informações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Veja a matéria completa no G1 PB.

G1 PB

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