Fotos: reprodução
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Giselda da Silva Andrade, suspeita de assassinar Artur Ramos do Nascimento, de 2 anos, no último domingo (16), em Tabira, Sertão de Pernambuco afirmou durante audiência de custódia realizada na quarta-feira (19), que foi vítima de violência policial durante a prisão. Giselda foi presa com Antonio Lopes Severo, suspeito de ter participação no crime, que foi linchado pela população.

A nota enviada ao g1 Caruaru e região pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), diz que quando esse tipo de situação ocorre, o juiz plantonista tem por obrigação encaminhar o relato para a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social das Polícias Militar ou/e Civil, para que seja apurado o fato.

Como foi a prisão?

Após cometer o crime, a dupla fugiu da cidade e foi localizada na zona rural de Carnaíba, outro município do Sertão a 40 km de Tabira, local onde o crime ocorreu. Na noite da terça-feira (18), durante uma ação das polícias Civil e Militar, ambos foram presos.

Enquanto eram conduzidos à delegacia de Tabira, moradores revoltados com o crime se reuniram no trajeto e conseguiram tirar Antonio de dentro de uma das viaturas. O homem foi linchado no meio da rua por diversas pessoas.

Sobre o linchamento e homicídio do investigado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco disse que certamente haverá inquérito policial exclusivo e posterior processo judicial exclusivo, para que seja apurado todos os detalhes dessa ocorrência.

O que diz a SDS sobre o linchamento?

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco disse que a Corregedoria Geral tomou conhecimento da ocorrência de linchamento. Um inquérito foi instaurado para uma investigação preliminar para apurar a conduta dos policiais.

Morte de Artur Ramos

O TJPE disse que em relação ao homicídio da criança, o Poder Judiciário não poderá prestar mais esclarecimentos neste momento, porque a investigação do caso tramita em sigilo.

A mãe teve participação no crime?

Nas redes sociais, Geovana Ramos, a mãe da criança, fez postagens afirmando que estava viajando a trabalho e que não sabia que o casal agredia o filho. Ao g1, a delegada Joedna disse que a mãe da criança não tem participação no crime porque estava em outro estado.

“Eu não abandonei meu filho, eu estava trabalhando…Eu errei em confiar nessas ‘almas sebosas’. Eu tenho provas de que estava em busca do sustento pro meu filho. A culpa é deles e não minha, pelo amor de Deus, eu não tenho mais cabeça pra ler comentários negativos” , afirmou Geovana nas redes sociais.

Qual a motivação do crime?

A Polícia Civil ainda não informou qual foi a motivação do crime. Ele foi registrado na Delegacia de Tabira como violência doméstica e familiar.

G1 PE

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