Padre paleontólogo Giuseppe Leonardi, que descobriu diversas pegadas de dinossauros na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Paraíba

“Vim de Fusca, do Paraná até aqui, por cinco dias. E perguntei: ‘Onde estão as pegadas de dinossauros?’ E ninguém sabia”, foi assim que o padre e paleontólogo Giuseppe Leonardi descreveu o início de sua busca por um dos maiores tesouros paleontológicos do Brasil, as pegadas de dinossauros no Sertão paraibano. O pesquisador participa do 1º Congresso Internacional de Paleontologia da Paraíba, em Sousa, que acontece até este domingo (23).

O padre italiano, que dedicou mais de 50 anos de sua vida ao estudo das marcas deixadas pelos dinossauros na Bacia Sedimentar do Rio do Peixe, relembra a surpresa e o desafio de encontrar uma descoberta histórica que, na época, era desconhecida pela população local.

A história do Vale dos Dinossauros começou muito antes de Leonardi chegar ao Brasil. Em 1924, o geólogo Luciano Jacques de Moraes foi o primeiro a registrar as pegadas de dinossauros na região. No entanto, o achado não ganhou a atenção devida, e por décadas, as pessoas em Sousa e arredores sequer sabiam sobre o que estava escondido sob seus pés.

“É preciso dizer que quem descobriu primeiro o Vale dos Dinossauros foi Luciano Jacques de Moraes, um geólogo que estava trabalhando nessa região para a comissão para o problema das secas. Ele descobriu primeiro, as duas primeiras pegadas na Fazenda Ilha e publicou isso em seu livro, em 1924, ‘Serras e Montanhas do Nordeste’. Eu conheci esse livro já na Itália, e sabia então que havia pegadas de dinossauros aqui, e para notar que esse livro saiu exatamente 100 anos atrás”, explicou Leonardi, que se impressionou ao perceber que a população local não tinha conhecimento do valor histórico da região.

O padre, então, fez uma jornada para buscar as pegadas de dinossauros, perguntando a todos que encontrava na cidade. Sua busca começou nos anos 1970. Ele começasse a procurar as marcas nas beiras dos rios, pedindo ajuda às lavadeiras para remover as redes de secagem, na esperança de encontrar o que estava escondido.

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