Moradores têm intoxicação alimentar após consumo de peixe distribuído pela prefeitura de Pilar, na Paraíba — Foto: TV Cabo Branco / Reprodução

Mais de 50 pessoas foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pilar, no interior da Paraíba, na quarta-feira (16), com sintomas de intoxicação alimentar. A suspeita é que elas comeram peixe estragado que foi distribuído pela prefeitura da cidade para a Semana Santa. De acordo com o município, sete toneladas de pescado foram entregues à população.

A prefeitura distribuiu peixes à população entre terça-feira (15) e quarta-feira (16). A secretaria de Saúde do município começou a registrar um número significativo de pessoas com sintomas de intoxicação alimentar, todas relatando terem consumido o pescado doado.

Todos os pacientes foram atendidos e receberam alta. Nenhum deles voltou à UPA, o que, segundo os médicos, indica que o tratamento foi eficaz.

Os principais sintomas foram vermelhidão, vômito, náusea, formigamento, coceira e inchaço no corpo. Nenhum caso grave foi identificado.

Os pacientes disseram que o peixe tinha um gosto ruim, que interromperam o consumo ao primeiro sinal de problema, mas que ainda assim passaram mal.

“O primeiro pedaço do peixe tava bom, mas o segundo estava com gosto de ‘podre'”, disse o caminhoneiro Alaelson Farias, que passou mal, mas não procurou atendimento médico.
“Comi o peixe e comecei a sentir um formigamento no corpo. Começou a coçar, a ficar vermelho. Também deu febre”, disse o agricultor Joseilton Pontes, que decidiu procurar a unidade de saúde.

Em meio ao problema, a secretária de Saúde da Prefeitura de Pilar, Yuanna Raynare, pediu para que preventivamente a população não consuma o pescado distribuído.

A Vigilância Sanitária do município pegou amostras do peixe e vai levar para análise do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), com sede em João Pessoa. Eles querem ter certeza se foi o peixe distribuído pela Prefeitura o foco do problema.

No dia anterior, a Prefeitura já tinha emitido nota se solidarizando com as pessoas afetadas e alegando que “o produto foi comprado seguindo todas as regras de controle sanitário”.

G1 PB

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