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O jovem Arthur Ivan Medcraft Dutra, 22 anos, filho da professora Débora Medcraft, e neto do pastor John Medcraft, realizou uma recente viagem como mochileiro a quatro países da Europa e da África, entre os dias 15 de maio e 11 de junho deste ano.

Durante quase um mês, Arthur conheceu diversas cidades de países como a Islândia, Inglaterra Itália e Espanha, no continente Europeu; e em Marrocos, país africano localizado geograficamente próximo à Espanha, quando teve a oportunidade de observar comportamentos, riquezas da natureza e a cultura de cada lugar.

Ao portal Folha Patoense, Arthur Medcraft, contou que organizou a própria viagem, fez um relato da sua experiência e dos principais pontos observados durante a trajetória.

FP: Como foi a viagem, e esta foi a primeira que você realizou com percurso por vários países?

AM: Não foi a primeira vez que fiz uma viagem assim. Meu primeiro mochilão foi em 2020, pouco antes da pandemia, quando fui à Inglaterra, Grécia, Itália e França. Em 2022 fui novamente no verão europeu, dessa vez para para Holanda, Alemanha, Inglaterra, Itália e França, e agora fui para a Islândia, Inglaterra, Itália e Espanha, na Europa; e visitei Marrocos, na África. Antes, já havia feito outras viagens, com minha família, para a Europa, para a América Latina, Estados Unidos, e várias parte do Brasil.

FP: O que dizer sobre a experiência e quais as curiosidades que você pôde vivenciar?

AM: O que mais me chamou a atenção foi a Islândia, por que foi a primeira vez em um país nórdico, com pouco mais de 400 mil habitantes, é um país muito pequeno e específico em seus costumes. Foi um choque pra mim, por que a vida lá é muito relaxada, eles têm muita conexão com a natureza, se importam muito com o meio ambiente, e pelo fato do país ter surgido após várias erupções vulcânicas, eles não têm árvores. Um dos esforços que os presidentes fazem ao longo dos anos é de florestar o país, mas eles não conseguem porque naquele solo não cresce nada. Eles não conseguem cultivar. É uma cultura muito diferente da nossa. Em 2010 teve uma erupção vulcânica na Islândia, que parou os aeroportos da Europa inteira, por que saiu muita fumaça, e a novem de fumaça desceu para os demais países. O pessoal que eu conheci lá disse que foi uma coisa muito boa porque desde então colocou a Islândia aos olhos do mundo e aumentou bastante o turismo. Lá tem mais de 30 vulcões ativos e eles lidam com isso muito naturalmente. Achei muito interessante o modo como eles lidam com a natureza, os animais. Eles são bastante isolados do mundo.

FP: Como foi a sua experiência em Marrocos, primeiro país que você conheceu na África?

AM: O outro choque cultural que tive foi em Marrocos, porque foi a primeira vez que fui na África e eu não sabia o que esperar. Fui para o Marrocos para fazer uma excursão no Deserto do Saara, cheguei no aeroporto de Marrakesh, dormi uma noite lá e comecei a excursão ao deserto. Uns dois dias parando, e é um pessoal muito orgulhoso da cultura deles. Foi o país onde melhor eu me senti bem-vindo como turista. Todo mundo que a gente conhecia dizia que nós não éramos turistas, nós éramos convidados a conhecer a cultura deles. O contrário da Espanha, em Barcelona, onde eu fui, onde vi várias p:ichações mandando os turistas voltarem pra casa. Eu achei isso mundo bom, me senti muito bem-vindo. O deserto parece uma coisa de outro planeta, assim como na Islândia. No deserto você olha para o horizonte, não tem nada; assim como na Islândia. O deserto é muito quente, mas a gente aqui do Nordeste já é acostumado com o calor, e deu certo.

FP: Qual a reação das pessoas ao você dizer se apresentar como brasileiro e falar sobre o Brasil?

AM: Eu me apresentava como brasileiro em todo lugar. Eu tenho também passaporte inglês, por conta de minha mãe, mas o único momento em que eu usava o passaporte inglês era nas fronteiras da Europa, que eram filas separadas e ficava mais fácil de passar. As pessoas sempre demonstraram muita vontade de vir conhecer o Brasil, mas as pessoas só falavam em São Paulo e Rio de Janeiro. Uma pessoa só falou sobre Natal. Todo mundo sempre falou com muito amor e vontade de vir ao Brasil. As pessoas me perguntavam se é perigoso, e eu dizia que nunca tentaram me assaltar aqui no Brasil, mas em Barcelona tentaram me assaltar, embora nada aconteceu, graças a Deus. Falei que precisa só tomar os cuidados básicos, que daria tudo certo. Algumas pessoas tem a visão que os países da Europa não são perigosos, coisa assim, mas na Europa tem muito furto aos turistas.

FP:- Quais eventos você pode participar durante o roteiro?

AM – Eu fui numa época muito boa, entre o final da primavera e o início do verão, quando tinham vários festivais e eventos acontecendo. Eu estive em um festival de música, de três dias, que acontece em Barcelona há tanto tempo, já aconteceu também no Brasil, em 2022, e eu pude ir para a edição original do evento, na Espanha.

FP: Por que você viajou como mochileiro?

AM: Eu viajei como mochileiro, fiz a viagem inteira com a mochila nas costas, e tanto por economizar, por que nas linhas aéreas da Europa você só tinha direito a mochila. Se quiser levar até uma bagagem de mão, você tem que pagar a mais. Se eu tivesse uma mala teria me prejudicado em alguns lugares, também pelo fato que eu ia pra cidades menores. Na Itália eu fui pra costa do país, andar de ônibus, de trem, e ficava mais fácil com a mochila. Assim como no deserto, que se tivesse uma mala eu teria de ter deixado em algum lugar, por que não teria como ter cruzado o deserto de quadriciclo ou de camelo, levando uma mala.

FP: O que você diria para as pessoas que gostariam, mas ainda não fizeram um roteiro internacional?

AM: Diria que algumas pessoas quando viajam, ficam só nos países mais famosos da Europa, como a Itália, a França, que eu já fui também e gosto muito, mas que os países que eu mais gostei nessa viagem foram os que ficam um pouco fora da curva, a Islândia e o Marrocos. Diria que vale muito apena a pessoa ir. É uma viajem muito boa, diria a todo mundo que tiver condições de fazer uma viagem dessas, que faça, enriquece muito a gente, e a gente volta com certeza, tendo outra visão do mundo.

Siga Arthur Ivan Medcraft no Instagram: @arthurmedcraftt

Veja belas imagens de lugares por onde ele passou:

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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