Luís Fernando, de 4 anos, que descia de uma van escolar quando foi atropelado por um caminhão — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
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O motorista da van escolar que transportava o menino de 4 anos que morreu atropelado por um caminhão, na rodovia PB-073, destravou a porta do veículo antes de uma professora descer para retirar a criança, possibilitando que o menino abrisse a porta e atravessasse a pista sem supervisão. A informação foi confirmada pelo delegado Wagner Dortar, responsável por investigar o caso. Luís Fernando foi atropelado após descer da van escolar e atravessar a rodovia, em uma região entre Guarabira e Pirpirituba, no Brejo da Paraíba, na terça-feira (23).

Uma professora era responsável por acompanhar a rota, abrir a porta e desembarcar as crianças. Quando a professora desceu do veículo, a criança abriu a porta e correu para atravessar a rodovia. Ela prestou depoimento na noite de quarta-feira (24).

“É importante frisar, pela minha análise prévia, que o dever de cuidado é inerente ao motorista da van e também da professora. Se a professora estava ali diariamente fazendo a função de desembarcar a criança, como é que ele destravou a van antes mesmo da professora descer? Então já quebrou essa questão do dever de cuidado”, afirmou o delegado.

Identificado como João Ednaldo, o motorista se apresentou na delegacia de Guarabira nesta quinta-feira (25), acompanhado de um advogado e familiares. A defesa do homem afirmou que o acidente foi uma fatalidade, que ele estava cumprindo a rota de sempre, e deixou o menino no mesmo local que estava acostumado. Após o depoimento, o motorista foi liberado.

Ainda de acordo com o delegado, a criança deveria ter sido entregue aos pais e a porta da van não deveria ter sido destravada. Wagner Dorta destacou que a criança de 4 anos não tinha discernimento em relação ao perigo que estava correndo ao abrir a porta.

Outras testemunhas ainda devem ser ouvidas, mas o delegado confirmou que o inquérito deve ser encerrado ainda nesta semana, de forma que responsabilize os envolvidos diretamente na morte da criança. O motorista da van, a professora e o motorista do caminhão respondem o processo em liberdade.

Veja a matéria completa no G1 PB.

G1 PB

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