Propriedade rural em Lagoa Seca que foi usada como cativeiro durante o sequestro do empresário — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
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O segundo suspeito de participar do sequestro de um empresário do ramo da avicultura em Campina Grande e exigir a quantia de R$ 50 milhões pelo resgate foi preso nesta terça-feira (17). O sequestro foi divulgado pela Polícia Civil neste domingo (15), quando o primeiro suspeito do sequestro foi identificado e preso pela Delegacia de Roubos e Furtos.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 54 anos, dono do cativeiro no qual o empresário foi mantido durante aproximadamente 20 horas. O empresário foi liberado pelo grupo de criminosos no Arco Metropolitano de Campina Grande, após uma quantia não divulgada pela polícia ter sido transferida para os sequestradores pela família da vítima.

Segundo a delegada Elizabeth Beckman, a equipe de investigação da delegacia, juntamente com a Seccional de Esperança, conseguiu chegar até o suspeito através de um direcionamento dado pelo empresário, que contou que o local onde havia sido mantido em cativeiro estaria entre as áreas de Lagoa Seca e Esperança.

A polícia localizou uma propriedade rural em Lagoa Seca na tarde desta terça-feira (17), onde a vítima foi levada pela polícia e confirmou ter sido o lugar onde foi mantida em cativeiro. O dono do local foi identificado e preso pela Polícia Civil como sendo o segundo suspeito de participar do sequestro.

Ainda conforme dito pela delegada Elizabeth Beckman, a investigação da polícia concluiu que o dono do cativeiro teria uma ligação de mais de dez anos com o primeiro suspeito do sequestro a ser preso pela polícia, que é dono de uma empresa de manutenção de armas. O segundo suspeito, que tem uma licença para colecionamento de armas de fogo, tem duas armas registradas em seu nome.

Além do mandado de prisão representado pela Delegacia de Roubos e Furtos, o segundo suspeito de ter participado do sequestro foi autuado em flagrante por ocultação de armas de fogo, uma vez que a polícia, durante um mandado de busca e apreensão, encontrou duas armas não estavam registradas no endereço da residência dele.

Segundo o advogado do dono do cativeiro, Alípio Neto, o suspeito admite ser dono da propriedade, mas nega ter participado do sequestro e alega que o local teria sido alugado para outras pessoas há cerca de quatro meses, sem que ele tivesse qualquer conhecimento de que seria usado como cativeiro.

O primeiro suspeito preso pela polícia passou por audiência de custódia nesta terça-feira (17) e foi encaminhado durante a manhã desta quarta-feira (18) para um presídio da cidade de Campina Grande. As investigações da Polícia Civil continuam para que os demais envolvidos no sequestro sejam identificados. A vítima não sofreu ferimentos graves e se encontra em segurança ao lado da família.

G1 PB

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